Não existe um perfil único dos usuários de drogas. As características pessoais e a história de vida dos usuários ou dos dependentes de drogas podem ser muito semelhantes às de qualquer indivíduo.
Pessoas de diferentes faixas etárias, de qualquer nível de escolaridade pertencentes a qualquer classe social, podem fazer uso de drogas e as causas são as mais diversas. Existem crianças que cheiram cola para aplacar a fome, jovens que fumam maconha por curiosidade ou por falta de ocupação, adultos que aspiram cocaína para sentir prazer ou para compartilhar experiências com amigos e idosos, ou pessoas de qualquer idade, que abusam do álcool para fugir do tédio ou da solidão.
Em cada uma destas situações a pessoa sofre os efeitos da droga em prejuízo de sua saúde física, emocional e social, e pode desenvolver ou não, uma relação de dependência com ela.
Pessoas de diferentes faixas etárias, de qualquer nível de escolaridade pertencentes a qualquer classe social, podem fazer uso de drogas e as causas são as mais diversas. Existem crianças que cheiram cola para aplacar a fome, jovens que fumam maconha por curiosidade ou por falta de ocupação, adultos que aspiram cocaína para sentir prazer ou para compartilhar experiências com amigos e idosos, ou pessoas de qualquer idade, que abusam do álcool para fugir do tédio ou da solidão.
Em cada uma destas situações a pessoa sofre os efeitos da droga em prejuízo de sua saúde física, emocional e social, e pode desenvolver ou não, uma relação de dependência com ela.
Outra forma de ver o problema seria procurar saber quais são as drogas mais consumidas por determinado perfil de pessoa ou ainda, qual o perfil mais comum dos consumidores de uma determinada droga. Infelizmente são ainda muito poucas as pesquisas que dão conta disto, no Brasil. Entre os dados disponíveis, podemos citar, por exemplo, uma pesquisa feita pelo Cebrid/Unifesp, que indica que no ano de 1994, 90,3% das internações por dependência de drogas se referia a consumidores de álcool, sendo que entre os maiores de 30 anos esta taxa atingia 96,7%, enquanto entre os menores de 18 anos ficava em torno de 24%, quase a mesma porcentagem dos internados por dependência de cocaína (22%).
Segundo outra pesquisa do Cebrid/Unifesp, de 1993 em 10 capitais do Brasil, entre os jovens de 1º e 2º graus, a droga mais consumida é o álcool (80,5% deles dizem já ter usado, ao menos uma vez na vida), seguido do tabaco (28%) e dos inalantes/soventes (15%).
Mesmo considerando estas recorrências apontadas pelas pesquisas, as atividades cotidianas e as motivações dos usuários são as mais diversas: existem os que estudam ou trabalham em excesso e usam a droga para aliviar o stress e aqueles que não têm o que fazer e usam a droga para fugir do tédio ou aumentar a auto-estima. Podem ser donas de casa que desejam emagrecer ou atletas que querem melhorar seu desempenho.
Ninguém está imune a desenvolver este problema. Alguns fatores, no entanto, tornam uma pessoa mais vulnerável do que outras ao abuso de substâncias, e esses fatores são de diversas naturezas.
A predisposição orgânica é apontada como um fator importante no desenvolvimento da dependência, especialmente do álcool, mas os estudos mais recentes têm revelado que ela é insuficiente para determinar, de forma definitiva, que uma pessoa se tornará dependente.
Fatores de ordem psicológica, incluindo algumas características de personalidade, são muitas vezes indicadores de uma maior predisposição da pessoa ao uso abusivo de drogas. Indivíduos ansiosos, angustiados, dependentes, com dificuldade para lidar com problemas, com baixa auto-estima ou inseguros, são, em geral, mais vulneráveis a se tornarem dependentes.
Se algumas pessoas são mais propensas a desenvolver problemas relacionados ao uso de drogas, isto não significa que vão fazê-lo. As experiências familiares, os fatores ambientais e culturais, a disponibilidade de aquisição da droga, os valores e rituais que cercam o seu consumo, o controle sobre ele, são também decisivos nas relações da pessoa com as diferentes drogas.
Pesquisas recentes revelam, por exemplo, que os jovens de classe média ou alta consomem mais drogas do que os da periferia, provavelmente em função do seu maior poder aquisitivo, mas estes últimos estão mais sujeitos a se tornar dependentes ou traficantes, devido à limitação de oportunidades de trabalho e lazer.
O usuário de drogas não é, portanto, determinado por uma única causa, como um predestinado, mas uma pessoa para quem a interação de fatores biológicos, psicológicos e ambientais aumenta os riscos e probabilidades de desenvolver uma relação problemática com as substâncias, mas para quem também, sempre existe uma possibilidade de não usá-las.
Site Álcool e Drogas sem Distorção (www.einstein.br/alcooledrogas) / NEAD - Núcleo Einstein de Álcool e Drogas do Hospital Israelita Albert Einstein
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